Criou, em 1926, a creche Pedro Folque, em Belas, como homenagem ao seu pai. A escola tinha uma forte matriz católica, prevista para 30 crianças. As crianças tinham de ser vacinadas, não ter doenças contagiosas e ser batizadas pela Igreja Católica.
Colaborou na Menina e Moça, órgão da Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) – criada pela Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN) – e nos jornais A Voz e Novidades.
Pianista, recebeu lições de piano do mestre Rey Colaço.
Teve um espírito humanitário e filantropo na Liga Católica Feminina.
No Boletim da Mocidade Portuguesa Feminina, a escritora colaborou com as secções Página das Lusitas e Para Ler ao Serão.
Os conteúdos infantis da Página das Lusitas – do nº2 ao nº48 – eram dirigidos às filiadas dos 7 aos 10 anos. Esta rubrica de duas páginas também incluía: o espaço Abelhinhas, associação social que recolhia donativos e comprava brinquedos para os jovens com dificuldades financeiras, charadas e adivinhas, correspondência e regras de índole moral ou nacionalistas. Como menciona no número 5, “A Lusita nunca deve: esquecer […] que é portuguesa; […] nunca envergonhar a sua Pátria”.
Para todas as filiadas da MPF, a escritora fundou a rubrica Para Ler ao Serão – do nº 49 ao nº 96 – mantendo a linguagem moralista e nacionalista dos seus contos, que estavam de acordo com os ideais do regime do Estado Novo. Criou também os Chás de Costura, novo espaço constituído por conversas fictícias entre filiadas fotografadas, com a legenda, como apresenta no nº49, “Todos os meses um grupo de alegres raparigas se reunia para coser para os pobres”. Após a substituição do Boletim da Mocidade Portuguesa pelo Menina e Moça, a escritora continuou a escrever nas mesmas secções.