MULHERES ESCRITORAS

Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração

 

Ficha de autora
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Maria Paula de Azevedo
Maria Paula de Azevedo
Escritora e pedagoga

Ordem de Benemerência, proposta pelo Ministro do Interior a 9 de abril de 1929 e aceite a 29 de dezembro de 1930.

Azevedo, M. P., pseud. (1931). La Crèche Pedro Folque. Lisboa: Imprensa Lucas & Companhia.

 

Coelho, R., & Azevedo, M. P., pseud. (1918). A Bella e a Fera [Música Escrita]. 1 partitura, Luzo.

Baptista, V. (sem data). A Assistência Materno-Infantil em Portugal e os Direitos das Mães Trabalhadoras (1880- 1943). Lisboa.

 

Pimentel, I. F. (2000). História das Organizações Femininas no Estado Novo. Lisboa: Círculo de Leitores.

 

Vaquinhas, I. (2010). Perigos da Leitura no Feminino. Dos Livros Proibidos aos Aconselhados (Século XIX e XX). Ler História, (59), 96.

Coelho, J. P. (1990). Dicionário de literatura portuguesa, brasileira, galega (4ª ed.). Porto: Figueirinhas, pp. 471.
Rocha, N. (2001). Breve história da literatura para crianças em Portugal (Nova ed. actualizada até ao ano 2000). Caminho, p. 62.
Pires, M. L. B. (1981). História da literatura infantil portuguesa. Lisboa: Vega, p. 97.

Roldão, H. (2014). Mocidade Portuguesa Feminina: Boletim mensal. Hemeroteca Municipal de Lisboa. https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/MocidadePortuguesaFeminina.pdf 

Criou, em 1926, a creche Pedro Folque, em Belas, como homenagem ao seu pai. A escola tinha uma forte matriz católica, prevista para 30 crianças. As crianças tinham de ser vacinadas, não ter doenças contagiosas e ser batizadas pela Igreja Católica.

 

Colaborou na Menina e Moça, órgão da Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) – criada pela Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN) – e nos jornais A Voz e Novidades.

 

Pianista, recebeu lições de piano do mestre Rey Colaço.

 

Teve um espírito humanitário e filantropo na Liga Católica Feminina.

 

No Boletim da Mocidade Portuguesa Feminina, a escritora colaborou com as secções Página das Lusitas e Para Ler ao Serão.

Os conteúdos infantis da Página das Lusitas – do nº2 ao nº48 – eram dirigidos às filiadas dos 7 aos 10 anos. Esta rubrica de duas páginas também incluía: o espaço Abelhinhas, associação social que recolhia donativos e comprava brinquedos para os jovens com dificuldades financeiras, charadas e adivinhascorrespondência e regras de índole moral ou nacionalistas. Como menciona no número 5, “A Lusita nunca deve: esquecer […] que é portuguesa; […] nunca envergonhar a sua Pátria”.

 

Para todas as filiadas da MPF, a escritora fundou a rubrica Para Ler ao Serão – do nº 49 ao nº 96 – mantendo a linguagem moralista e nacionalista dos seus contos, que estavam de acordo com os ideais do regime do Estado Novo. Criou também os Chás de Costura, novo espaço constituído por conversas fictícias entre filiadas fotografadas, com a legenda, como apresenta no nº49, “Todos os meses um grupo de alegres raparigas se reunia para coser para os pobres”. Após a substituição do Boletim da Mocidade Portuguesa pelo Menina e Moça, a escritora continuou a escrever nas mesmas secções.

Elementos Biográficos
Joana de Távora Folque do Souto
8 de fevereiro de 1882
Lisboa
29 de maio de 1951
Lisboa

Filha do general Pedro Romão Folque e de D. Maria Palmira Merens de Távora, destacada família de militares.

 

Casou com Adolfo Azevedo Santos.

Dados de Inventário

Identificação dos inventariantes

Mariana Branco
Mariana Branco

Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito dos projetos UIDB/00657/2020 com o identificador DOI 10.54499/UIDB/00657/2020 e UIDP/00657/2020 com o identificador DOI 10.54499/UIDP/00657/2020.