Mulheres escritoras

Ficha em construção 

Formada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professora do ensino básico até 1997, data em que se reformou. Participou na experiência do lançamento do 7º e 8º ano de escolaridade. 

Em 1975, cumpriu um mandato no Conselho de Imprensa, em representação da opinião pública, vindo a cumprir um segundo mandato em 1981. Também em 1975 foi convidada pelo governo da então província ultramarina de Timor para proceder à remodelação dos programas de ensino.

Tornou-se bolseira do Instituto Nacional de Investigação Científica, para realizar pesquisa conducente ao último volume da série antológica De mãos dadas, estrada fora.

Colaborou com variados periódicos, tais como Colóquio/Letras, Jornal de Notícias, Raiz e Utopia, Seara Nova, A Planície, Gazeta Musical e de Todas as Artes – que editou em separata o ensaio Aspectos do Burguesismo literário (1959). A sua estreia literária foi com a revista Árvore (1953). Colaborou nos suplementos literários Diário Popular, O Comércio do Porto – para o qual exerceu crítica – e A Capital.

Em 1985, filmou para a RTP integrando na série Clube de Leitura - dirigida por Carlos Correia com a Escola de Mirandela - o colóquio sobre o seu livro A Menina Coração de Pássaro.

Pertenceu à Sociedade Portuguesa de Autores desde 1991.

Em 2001, a Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil selecionou-a como candidata portuguesa ao Prémio Andersen pelo conjunto da sua obra infantil.

Em 2011, as Correntes D’escritas, na Póvoa do Varzim, homenagearam a escritora e deram destaque à sua obra. 

O Grémio Literário Vila-Realense dedicou em 2012 a comemoração do Dia das Letras Trasmontanas e Alto-Durienses (16 de março) à figura da escritora.

Foi descerrada uma placa na rua onde nasceu (Cândido dos Reis), na qual lê-se um excerto do livro de contos Província, evocando essa mesma rua nos anos da juventude da Escritora.

Quando questionada sobre o ensino superior, afirmou “As minhas universidades foram as mulheres de A-Ver-o-Mar, que murcham aos trinta anos, vivem e morrem na resignação de ter filhos e de os perder, na rotina de um trabalho escravo, sem remuneração, espancadas como animais de carga (…).”