Mulheres escritoras

Da sua escrita, disse Maria João Reynaud que "tanto nos pode convocar para um mundo de carência e sofrimento como para a pura sensualidade da vida na profusão das suas manifestações (...)".

A Biblioteca Maria Eulália Macedo está integrada, desde 2007, na Rede de Bibliotecas Escolares.

Domingos Monteiro diz a seu respeito: "cresceu à sombra de duas montanhas: Pascoaes e o Marão. Com eles aprendeu a linguagem lírica dos versos e das águas, a grandeza dos horizontes ilimitados, a secura das terras onde pastam rebanhos famintos e a avidez das raízes mergulham até ao profundo e para sempre irrevelado mistério do Universo." 

Da relação muito próxima entre Maria Eulália de Macedo e Maria Cecília Correia, se transcreve, com a devida autorização, a seguinte mensagem de Eleonor Castilho (neta de Maria Cecília Correia):

"MEM e MCC tiveram uma colaboração editorial interessante. Excertos das cartas de M.Eulália para M.Cecília foram publicados no livro de 1994, As moradas terrenas. A minha avó tinha esses excertos dactilografados num dossier, o que me sugere que o livro foi uma construção conjunta. Por um lado, a própria M. Eulália tinha consciência que estava a fazer literatura no decorrer da escrita das cartas. Ela mesma sublinhava passagens. Por outro, como essas cartas seguiam para M.Cecília, era esta que ficava na posse do material, que depois transcrevia e compilava. O livro, publicado em edição da autora, estava em vias de sair quando M.Cecília morreu. 

Houve ainda outra colaboração, desta vez incluíndo o meu pai como designer. Fizeram um cartaz com o poema de M.Eulália, "O Menino", que esteve à venda nas livrarias. Foi feito em edição da autora e a minha avó orientou M.Eulália nesse processo de tipografia, distribuição, vendas, impostos... Nesta fase, M.Cecília já era experiente em auto edição."