MULHERES ESCRITORAS

Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração

 

Ficha de autora
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Ana de Castro Osório/ Anna de Castro Osório
Ana de Castro Osório/ Anna de Castro Osório
Ann Moore
Escritora, Editora, Periodista, Pedagoga, Conferencista

1919 - Ordem de Santiago, mas recusa condecoração

 

1931 - Ordem de Mérito Agrícola e Industrial

O liberal. Macau, nº34 (30 Abril 1922): Um poeta estranho: a idiossincrasia de Camilo Pessanha: A Sra. D. Ana de Castro Osorio narra ao "Diario de Lisboa" como conseguiu levar o poeta a publicar a "Clepsydra" / Maria Fernanda

 

Grupo Português de Estudos Feministas (que funda e dirige, 1907); iniciada na Maçonaria, na Loja Humanidade, com o nome simbólico de Leonor da Fonseca Pimentel; Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (que funda, em 1908, preside vários anos, e se demite, em 1911); Associação de Propaganda Feminista (integrou grupo fundador, em 1911); Comissão Feminina `Pela Pátria` (que cria, em 1914); Maçon na Loja Carolina Ângelo, do G. O. L. U. (que funda, em 1915); Maçon na secção feminina na Loja Humanidade (que preside); Cruzada das Mulheres Portuguesas (integrou grupo fundador, em 1917).

Eleita para integrar o grupo que representa as feministas portuguesas no 7.º Congresso da International Woman Suffrage Alliance, em Budapeste (15 a 20 de junho, 1913).

Osório, A. C. (1952). Histórias maravilhosas da tradição popular portuguesa - Recolhidas e contadas por D. Ana de Castro Osório. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural.

Biblioteca Nacional. Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, Família Osório de Castro (1884-1958), BNP Esp. N12

Amiga de: José Leite de Vasconcellos, Camilo Pessanha, Bernardino Machado, Carolina Beatriz Ângelo, Maria Veleda, Virgínia Quaresma, Adelaide Cabete, Olga de Morais Sarmento.

Correspondência: Monteiro Lobato; João Baptista de Castro (pai); Paulino de Oliveira (marido); Artur Leitão; Lello & Irmão; Papelaria Progresso; Áurea Judith de Amaral; Raquel Roque Gameiro; Libanio da Silva; Carmen de Burgos; Maria Lacerda de Moura; Bertha Lutz.

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https://ensina.rtp.pt/artigo/ana-de-castro-osorio-militante-do-feminismo-e-da-literatura-infantil/

https://www.youtube.com/watch?v=OsPC4nJmEf0

 

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(traduzido diretamente do alemão; reeditado em 1908, também por Imp. de Libânio da Silva. Integra a 11.ª série da coleção de livros “Para as crianças” e contém ilustrações de Roque Gameiro, Raquel Roque Gameiro e outros)

 

Grimm, J. & Grimm, W. (2007). Contos de Grimm  (A. C. Osório, & G. Vilhena Trads.). Lisboa: Relógio D`Água.

 

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(traduzido diretamente do alemão, ilustrado por Raquel Gameiro e Hebe Gonçalves. Integra a 15ª série da coleção de livros "Para as Crianças")

 

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Funda as Editoras: “Casa Editora para as Crianças”  renomeada "Livraria Editora Para as Crianças"; "Edições Lusitania".

O seu nome surge na toponímia de: Amadora; Cascais; Entroncamento; Lagos; Lisboa (Carnide); Mangualde; Moita; Montijo; Odivelas; Oeiras; Seixal (Amora, Corroios e Seixal); Sesimbra (Quinta do Conde e Sesimbra); Setúbal (Azeitão e Setúbal); Sintra (Queluz e Rio de Mouro); Tavira.

O seu nome está associado a: Escola, em Mangualde; Concurso literário, em Mangualde; à Biblioteca Especializada Ana de Castro Osório, em Belém.

Elementos Biográficos
Anna Osório de Castro
18 de junho de 1872
Mangualde
23 de março de 1935
Lisboa

Filha de Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins (natural de Lisboa) e de João Baptista de Castro (natural de Eucísia- Alfândega da Fé, magistrado); irmã de Alberto, Jerónimo e João Osório de Castro; casou  (Setúbal, 10 de março de 1898, Igreja de Nossa Senhora da Anunciada) com Francisco Paulino Gomes de Oliveira (natural de Setúbal, poeta, 1864-1914); mãe de João de Castro Osório e Oliveira (17/01/1899-1970) e de José Osório de Castro e Oliveira (27/01/1900-1964).

 

Nascida em Mangualde, passa a residir em Setúbal, em 1893, comarca onde o pai é colocado como juiz. Nesta cidade funda a sua primeira Editora, contrai matrimónio e nascem os seus filhos. A historiografia local sadina aponta duas moradas de residência em Setúbal: Praça do Bocage, n.º 114-116 (morada de solteira, que coincide com a "Casa Editora Para as Crianças"); Praça Marquês de Pombal, n.º 3 (morada de casada). Após a morte prematura do marido, no Brasil, muda-se para Lisboa, primeiro, para a casa de seus pais (Rua do Arco do Limoeiro, 17), posteriormente, para a Rua Augusto Rosa, 17, 2º andar, onde faleceu. Está sepultada em Lisboa, em campa familiar, no cemitério do Alto de São João.

 

Em 1916, é nomeada pelo ministro do Trabalho, António Maria da Silva, subinspetora do trabalho da 1ª Circunscrição Industrial.

Dados de Inventário

Identificação dos inventariantes

Ana Ribeiro com a colaboração de João Esteves
Raquel Sabino

Investigadora Responsável: Teresa de Sousa Almeida (https://orcid.org/0000-0001-6758-1565)

O projeto Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração visa integrar no património literário a escrita realizada por mulheres, promovendo o conhecimento, a desocultação e a difusão de escritoras que publicaram entre 1926 e 1974, assim como das suas obras, uma vez que, mesmo no que diz respeito ao século XX, o cânone da literatura portuguesa é essencialmente masculino.

Como citar: Almeida, Teresa de Sousa (Coord.). [2019]. Projeto "Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração".

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O IELT é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito dos projetos UIDB/00657/2020 com o identificador DOI https://doi.org/10.54499/UIDB/00657/2020 e UIDP/00657/2020 com o identificador DOI https://doi.org/10.54499/UIDP/00657/2020.