Ficha de autora

Dalila Pereira da Costa/ Dalila L. Pereira da Costa
Fotografia cedida pela responsável pela Biblioteca e Gestão de Informação da Universidade Católica Portuguesa (Porto), onde se encontra o espólio da escritora
Dalila Pereira da Costa/ Dalila L. Pereira da Costa
Escritora

Mendanha, V. (1997, março 24). Entrevista. Correio da Manhã, pp. 20-21.

 

Pereira, H. M. (2011). Documentário Nome de guerra, a viagem de Junqueiro. Escola de Belas Artes da Universidade Católica do Porto. Excerto da entrevista a Dalila Pereira da Costa disponível na internet: https://www.youtube.com/watch?v=1lx_mti4h6o&t=317s

Carvalho, M. (2021), La poésie du Portugal: Des origines au XXe siècle. Paris: Chandeigne.

Selene Livro 1 - Dalila L. Pereira da Costa. (2019). Sintra: EDITAR - Livros e Mais/ Filipe Fiúza Unipessoal Lda.

(Inclui uma antologia de textos da autora sobre temática sintrense)

Costa, D. P. & Pinharanda Gomes (Orgs.) (1976). Introdução à saudade. Porto: Lello & Irmão - Editores.

(Este livro é constituído por duas introduções sobre a Saudade, uma de Dalila Pereira da Costa, outra de Pinharanda Gomes, ambos com perspectivas diferentes, seguida de uma antologia de textos teóricos sobre o tema.)

 

Costa, D. P. & Quadros, A. (Orgs.) (1986). Fernando Pessoa: Obra poética e em prosa (3 vols.). Porto: Lello & Irmão - Editores.

(Edição em papel-bíblia, organização, introdução e notas em parceria com António Quadros.)

 

Costa, D. P. & Santa Vitória, Q. (Eds.) (1991). Espirituais portugueses. Antologia.  Fundação Lusíada.  

 

Costa, D. P. & Seabra, J. A. (Eds.) (1994). Fernando Pessoa — Mensagem/ Poemas esotéricos.  Paris/Porto: Col. Archives/ Fund. Eng. António de Almeida.    

 

O espólio de Dalila Pereira da Costa foi entregue por sua vontade ao Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Na sua obra contacta com o chamado grupo da filosofia portuguesa, estabelecendo diálogo com Pinharanda Gomes, José Marinho, António Quadros, António Telmo, Afonso Botelho, Lima de Freitas ou Agostinho da Silva. Enquanto parceiros de acção, Dalila Pereira da Costa esteve próxima de António Quadros e Pinharanda Gomes com quem colabora; como inspiração, destacam-se José Marinho e Agostinho da Silva. A ligação ao Brasil fica patente nos laços com Dora Ferreira da Silva e José Santiago Naud.

 

Da lista de correspondentes, destacam-se os que têm um maior volume de cartas: Aldegice Machado da Rosa, Agostinho da Silva, Dora Ferreira da Silva, José Santiago Naud, Juan García Gutierrez, Mário Martins e Quirino José Catita.

Dalila Pereira da Costa: No ano da sua morte. (2012, setembro). Nova Águia, (10), 66-119.

 

Dalila Pereira da Costa: No centenário do nascimento 1918-2018. (2000). Porto: Universidade Católica Editora.

 

JL - Dalila Pereira da Costa (1918-2012): A morte da filósofa. (2012, março, 2012). JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias, p. 6.

 

Natário, M. C. et al. (Coords.) (2008). Actas do III Colóquio Luso-Galaico Sobre a Saudade. Sintra: Alexandre Gabriel (Zéfiro).

 

Pinho, A. (2012). In Memoriam de Dalila Pereira da Costa. Humanística e Teologia, 1(33), 61-62. Retirado de https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/19180/1/In Memoriam de Dalila Pereira da Costa.pdf

 

Quadros, A. (1987). Introdução/ posfácio. In D. P. Costa, O esoterismo de Fernando Pessoa (3ª ed.). Porto: Lello & Irmão Editores.

 

Quadros, A. (1996). Introdução/ posfácio. In D. P. Costa, O esoterismo de Fernando Pessoa (4ª ed. revista e amplicada). Porto: Lello & Irmão Editores.

 

Real, M. (2008, março). Dalila Pereira da Costa: História mística portuguesa. JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias.

 

Real, M. (2011). O pensamento português contemporâneo 1890-2010: O labirinto da razão e a fome de Deus. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.  (Inclui capítulo dedicado a Dalila Pereira da Costa)

 

Rocha, A. (2018). A segunda vinda da saudade: O messianismo de Dalila L. Pereira da Costa. Porto: Universidade Católica Editora, 2018. 

 

Selene Livro 1 - Dalila L. Pereira da Costa. (2019). Sintra: EDITAR - Livros e Mais/ Filipe Fiúza Unipessoal Lda. (Adaptação impressa do Jornal Digital “Selene-Culturas de Sintra” publicado em 2011)

 

Teixeira, J. S. (2013). A experiência mística na obra de Dalila Pereira da Costa: Fenomenologia e hermenêutica. Maia : Cosmorama. 

Gala, E. (2016). [Dalila Pereira da Costa]. In M. L. S. Ganho (Coord.), Dicionário crítico de filosofia portuguesa. Lisboa: Temas e Debates. 

 

Gomes, J. P. (1987). Dicionário de filosofia portuguesa. Lisboa: Dom Quixote.  (Referida várias vezes, mas sem verbete próprio)

 

Lisboa, E. & Instituto Português do Livro e da Leitura (Eds.) (1997). Dicionário cronológico de autores portugueses (vol. IV). Lisboa: Publicações Europa-América.

Mota, P. T. (2021, março 20). Dalila Pereira da Costa, vida, obra e desafios. A “Corografia Sagrada” de Portugal, da Galaecia e do Ser. https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2021/03/dalila-pereira-da-costa-vida-obra-e.html?spref=fb&fbclid=IwAR309ez2tf8SVPFo14XHo2MiU3Clv9z_9KV0sOcgoexmkUbJNklg9XeNNbE&m=1

 

Newsletter nº 33 da Fundação António Quadros em homenagem a Dalila Pereira da Costa. (2012, março).http://www.fundacaoantonioquadros.pt/newsletter/newsletter-preview.php?id=23&s=9&m=YXF1YWRyb3NmZXJyb0BnbWFpbC5jb20= 

 

Nos finais dos anos 70, e durante as décadas seguintes, colabora regularmente em periódicos como O Diário do Minho; O Comércio do Porto e o Nova Renascença, onde colabora com José Augusto Seabra; ou o suplemento “A Arca do Verbo”, d’O Setubalense, organizado pelo poeta João Carlos Raposo Nunes.

 

“Na segunda metade do século XX português, a inspirada escrita de Dalila talvez só encontre paralelo em Gabriela Llansol, que consigo partilha referências culturais e espirituais afins, como a mística medieval beguina, renana e flamenga, mas literariamente elaboradas em clave estilística modernista, enquanto que Dalila as assume como pontos de apoio universais da sua própria experiência, o que a conduzirá à sua permanente e saudosa re-memoração, re-actualização e re-leitura à luz de dados culturais tão diversos como a pintura, a poesia, a filosofia ou a religião popular portuguesa. O que as aproxima, para além do permanente aprofundamento da experiência da leitura e da escrita de si próprias, é a hibridez de géneros que cultivam e o objectivo de uma sugestão da totalidade em cada momento.” (Lopo, R. (2008). Memória que guarda, verbo que anuncia (pp. 170-171). In Natário, M. C. et al. (Coords.), Actas do III Colóquio Luso-Galaico Sobre a Saudade. Sintra: Alexandre Gabriel (Zéfiro).)

 

 

“CIDADE NOCTURNA

 

        (Esquina do Rosário.) Às vezes a minha cidade perde a forma dura e petrificada, a dum só tempo, este, para tomar outra: maleável e subtil, feita de múltiplas eflorescências que vejo agora e depois, que me surgem e crescem diante dos olhos, vivas, ao longo do dia. Quando o espírito solto e livre do tempo, imerge até ao fundo da terra. E então aí, toca e deambula nesta cidade sua, a eterna.

         Hoje vejo, aquelas casinhas todas iguais, naquela ponta aguda do triângulo, com os gradeados à frente, o pequeno pátio, a escada de alguns degraus.

         No passeio, um inglês afastava-se lentamente.” (p.9)

 

 

“MANHÃ DE INVERNO (MARÃO)

 

        A terra preta dormindo. Este silêncio frio que a tapa toda.

        O céu alto por agora afastado dela.

        As casas quietas, nas pregas dos montes.

        Os montes, este e aquele, enroscados, de dorso alto e pêlo fulvo.

        Mas a água que corre e espuma em veias abertas.

        Os campos lá longe que brilham verdes.

        E aqui na volta da estrada, esta cerejeira de ouro que de súbito surge, num estremecimento.

        – A terra vem ao meu encontro e transporta no seu seio, uma semente verde, apertada.

        E atrás vêm as árvores, todas, erguendo um dedo sobre os lábios.” (p. 63)

 (Costa, D. L. (1973). Encontro na noite. Porto: Lello & Irmão-Editores.)

 

“Se a saudade recebeu a sua primeira formulação histórica no território do noroeste peninsular, como poesia galaico-portuguesa, a razão não seria porque também foi nesse mesmo território que no passado pré-histórico teve sua maior manifestação o culto da Deusa-Mãe, e sua mais potente persistência, em formas sociais e religiosas através da história?” (Costa, D. P. (1984). Da serpente à Imaculada. Porto: Lello & Irmão – Editores.)

Elementos Biográficos

Dalila Lello Pereira da Costa
4 de março de 1918
Porto
2 de março de 2012
Porto

Familiar dos proprietários da editora portuense Lello & Irmão.

 

De 1959 a 1965 habita no Brasil (São Paulo) e depois na Bélgica (Charleroi).

Dados de Inventário

Identificação dos inventariantes

Rui Lopo & Eleonor Castilho
Raquel Sabino

logos das entidades apoiantes

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