Estreou-se como redatora do Jornal Papagaio, jornal infantil da Renascença.
Episodicamente participou em programas de variedades, cantando músicas de folclore alentejano.
Foi locutora de programas como Onda do Otimismo e Palavras Cruzadas.
Colaborou no jornal O Ardina e foi redatora d'O Século e assinou textos em Ala Arriba (Brasil), Eva, Pensamento e Século Ilustrado.
Foi locutora na Emissora Nacional a partir de 1943.
Iniciou a sua atividade política durante o Estado Novo, participando nas campanhas de Norton de Matos e de Humberto Delgado.
Em 1943 chefiou a redação da revista Modas e Bordados, dirigida por Maria Lamas.
Em 1945, foi um dos milhares de signatários das listas para a constituição do Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Em 1946 recebe o cartão de membro da direção da Sociedade portuguesa de Escritores. Nesta sociedade promoveu uma homenagem a Erico Veríssimo, escritor brasileiro.
Participou nos eventos realizados aquando da Exposição de Livros Escritos por Mulheres de todo o Mundo, organizada em janeiro de 1947 na Sociedade Nacional de Belas Artes, na qual figurou também o seu livro O Tontinho da Esquina.
Em 1946, após o afastamento de Maria Lamas, tomou a direção da revista Modas e Bordados.
Continuou a trabalhar na Modas e Bordados até ser despedida, por ter assinado, em 1962, um documento da oposição à guerra em África.
Em 1965, a PIDE realizou uma rusga à sede da editora Europa América, apreendendo centenas de obras, inclusive o ABC de Culinária de sua autoria.
Foi retirada da Emissora Nacional por assinar um documento a favor da supressão da censura e a libertação de presos políticos. Foi reintegrada a 26 de julho de 1974.
Depois do 25 de Abril foi reconduzida no seu lugar, na agora Radiodifusão Portuguesa, e na década de 1970 passou a chefiar o departamento da Radiodifusão Portuguesa Internacional. Foi como representante da RTP aos Estados Unidos da América aquando da inauguração de uma estação de rádio portuguesa.
Foi locutora da Rádio Renascença (1940).