Licenciada em Coimbra, foi professora de português e francês em Aveiro, Lourenço Marques e Lisboa a partir de 1975. A última escola em que lecionou foi S. João do Estoril.
Iniciou o seu processo de escrita na Página da mulher do jornal Notícias de Lourenço Marques cuja coordenação era de Irene Gil. Enviou um artigo de crítica literária sobre o best-seller anual Pierrot - Pamplona, artigo que viu publicado. Também escreveu artigos para o Confluência, página literária do mesmo jornal. Assinava os artigos com o pseudónimo Regina de Sousa.
Sobre as suas obras, afirma: “O resto das escritas surgiu dos meus contactos com a vida, de que resultaram reflexões que achei válidas no seu sentido de humor interpretativo aplicável ao Homem de todos os tempos, como uma reação pessoal, que as leituras feitas ao longo da vida favoreceram, julgo eu, que na escrita, que reconheço bem pessoal, na ousadia crítica e na simplicidade por vezes “retorcida”, quer de riso pronto quer de severidade, de acordo com os parâmetros de uma reflexão que me parece justa.”.
Em 2009 envia um texto para Casimiro Rodrigues e inicia-se no mundo dos blogues. Escreveu para o Blogue A Bem da Nação de Henrique Salles da Fonseca de 2009 a 2016.
Escreve no seu blogue PoramaisB, desde 2008. Numa conversa com a autora, esta afirmou “Hoje em dia uso um blog que funciona como uma gaveta, onde guardo o que vou escrevendo, segundo a inspiração do momento, geralmente baseada nas escritas – sobretudo do Jornal Observador, ou de textos que me chegam por email. Muitos autores que admiro e mesmo alguns seus comentadores que gosto de guardar, e a quem sou grata pelos ensinamentos que transmitem, a que tantos podem ter acesso."
Sobre os géneros literários das suas obras, afirma "A maioria dos livros, no fundo, enquadra-se no género “Crónica”, visto que se trata de análises críticas mais ou menos datadas, segundo acontecimentos vividos. O próprio “Fabulário”, tomando como ponto de partida as traduções de fábulas clássicas, consiste numa visão irónica da atualidade, versificada em tom faceto, geralmente, de forma “corrida”, sem pretensão lírica, mas no mesmo objetivo crítico. A própria peçazinha teatral “Exercício escolar” (inserta em “Cravos Roxos”) no fundo é apenas uma adaptação dramatizada ao modo “escolar” de um pensamento oposto à transformação política efetuada no nosso país. Como sempre me considerei um espírito livre e democrático, os ideais de democracia tão badalados hoje não foram surpresa para mim, que sempre respeitei valores em liberdade de pensamento, como esse meu primeiro livro “Prosas Alegres e não” demonstra, em que me atrevi a condenar aspectos de uma sociedade de contrastes e prerrogativas que atraíram reflexões, quer em tom faceto, quer em tom mais sério. O título “Anuário” pretende ser auto irónico, dado o pendor croniqueiro, a que o epíteto ambíguo “soltas” das “Memórias” acrescenta o valor auto crítico.".