MULHERES ESCRITORAS

Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração

 

Ficha de autora
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Fernanda de Castro
Acervo Fundação António Quadros (FAQ-06-02409)
Fernanda de Castro
Teresa Diniz
Escritora, poetisa, dramaturga, memorialista, tradutora, conferencista, colaboradora em jornais e revistas

1920 - Primeiro Prémio do Concurso de Originais do Teatro Nacional D. Maria II, com a obra Náufragos

 

1939 - Oficial da Ordem Militar de Sant´Iago da Espada

 

1945 - Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa,  com a obra Maria da Lua

 

1959 - Medalha de prata no Festival Internacional de Cinema Documental e Curtas Metragens de Bilbao para o filme Rapsódia portuguesa, do qual escreveu o argumento.

 

1969 - Prémio Nacional da Poesia

 

1990 - Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, pelo conjunto da obra

Castro, F. (1921). Duas actrizes, crónicas. Revista Ilustração Portugueza [2ª série], (32), p. 278.

 

Castro, F. (1921). O Chiado, versos. Revista Ilustração Portugueza [2ª série], (32)p. 432.

 

Castro, F. (1930). [Nova] escola de maridos. [Representada no Teatro da Trindade, a peça não foi publicada. Informação recolhida em Vasques, E. (2001). Mulheres que escreveram teatro no século XX em Portugal (p. 92). Lisboa: Edições Colibri.]

 

Castro, F. (1934). Náufragos. [Peça de teatro em três atos, récita de Gala no Grémio de Chinde, sob a direção artística de Cezaria Widaurre, sábado, 15 de Setembro de 1934; Recebeu o Prémio do Concurso de Originais do Teatro Nacional D. Maria II] 

 

Castro, F. (1934). Nocturno, soneto [música de Condessa de Proença-a-Velha]. Lisboa.

 

Castro, F. (1935). Canção da cabreira [música de Affonso Corrêa Leite]. As pupilas do senhor reitor [fonofilme]. Lisboa: Sassetti.

 

Castro, F. (1935). Canção d’amor [música de Affonso Corrêa Leite]. As pupilas do senhor reitor [fonofilme]. Lisboa: Sassetti.

 

Castro, F. (1935). Cantiga ao desafio [música de Affonso Corrêa Leite]. As pupilas do senhor reitor [fonofilme]. Lisboa: Sassetti.

 

Castro, F. (1935). Marcha para as vindimas [música de Frederico de Freitas]. As pupilas do senhor reitor [fonofilme]. Lisboa: Sassetti.

 

Castro, F. (1935). Vira da desfolhada [música de Cruz e Sousa]. As pupilas do senhor reitor [fonofilme]. Lisboa: Sassetti.

 

Castro, F. (1939, setembro 11). O teatro não é a vida. Notícias Teatral.

 

Castro, F. (1942). Ana Lúcia. Atlântico. Revista Luso-Brasileira, (1)108-110. 

 

Castro, F. (1945). Parques infantis [curta-metragem de João Mendes].

 

Castro, F. (1947, junho 28). Capítulo de romance. Atlântico. Revista Luso-Brasileira, (4) [nova série], 23-28. 

 

Castro, F. (1950, março 25). Paula e a sua consciência. Atlântico. Revista Luso-Brasileira, (3) [série 3],  72-77. 

 

Castro, F. (1958). Nem com a política nem com a propaganda mas apenas com a alma e a sensibilidade. Lisboa.

 

Castro, F. (1959). Rapsódia portuguesa [argumento].  (Distinguida com Medalha de Prata do Festival de Documentários e Curtas-Metragens de Bilbau.)

 

Castro, F. (1961). O pássaro azul. [Peça infantil, representada no Teatro da Estufa Fria, nos dias 28 e 29 de julho. Obra não publicada. Informação recolhida em Vasques, E. (2001). Mulheres que escreveram teatro no século XX em Portugal (p.125). Lisboa: Edições Colibri.] 

 

Castro, F. (1964). A vida maravilhosa das plantas. Lisboa.

 

Castro, F. (1987, novembro). As dunas onde estão?; Quem pudera, Cecília!. Revista Colóquio/Letras, (100), 93-94.

 

Castro, F. (1989). Os cães não mordem: 3 actos (Arq. SPA 955/3). (peça incluída em Teatro. Obras completas de Fernanda de Castro (2006). Lisboa: Círculo de Leitores.)

 

Castro, F. (n.d.). A lenda das amendoeiras.    (Argumento. Bailado estreado em novembro de 1940, no Teatro da Trindade, pelo Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio (música de Jorge Croner de Vasconcelos; coreografia de Francis Graça; cenários e figurinos de Maria Keil do Amaral).

 

Castro, F. (n. d.). A outra verdade / Coulisses  (em lingua francesa). [Peça não publicada. Informação recolhida em Vasques, E. (2001). Mulheres que escreveram teatro no século XX em Portugal (p.106). Lisboa: Edições Colibri.]

 

Castro, F. & Ferro, A. (1935). Suite portugaise (conferência). Lisboa: Editions S.P.N.

 

Sob o pseudónimo Teresa Diniz:

Castro. F. (1943/n.d.). 100 receitas de carne. Lisboa: Livraria Portugália. 

Dacosta, F. (1992, julho 12). Público Magazine.

 

Entrevista a Fernanda de Castro (1958). Arquivos RTP .

 

Gonzaga, M. (1991). [Entrevista a Fernanda de Castro].

 

Revista Ilustração Portuguesa (1922).

 

Schmidt, L. (1994). Expresso.

Ferro, M. (Coord. e Selec.), Ferro, A. Q. & Pereira, S. G. (Colab.) (2010). Alma, sonho, poesia: Selecção de poemas (1952-1989). Lisboa: Fundação António Quadros.  (inclui texto inédito de Fernanda de Castro: "O que é a poesia?", datado de 1969, tal como fotografias de alguns manuscritos)

O espólio da autora encontra-se na "Fundação António Quadros - Cultura e Pensamento" (instituída em 2008), sediada em Rio Maior.

Ana Mafalda Roquette de Quadros Ferro, neta da autora, ocupa o cargo de  Presidente da Fundação.

Na década de 20 do século passado, começou a frequentar salões literários de Lisboa, como os de Carlota de Serpa Pinto, Bé Ameal ou Veva de Lima (Genoveva de Lima Mayer Ulrich, mãe de Maria Ulrich e filha de Carlos Mayer, um dos Vencidos da vida).

Em 1922, depois do seu casamento com António Ferro, passou a viver no 1º andar, do n.º 6 da Calçada dos Caetanos, atual rua Pereira da Rosa, no Bairro Alto, onde teve como vizinhos Ofélia e Bernardo Marques, José Gomes Ferreira, Ingrid Hestnes ou Ramalho Ortigão.

A poetisa Branca de Gonta Colaço, as escritoras Virginia Vitorino e Teresa Leitão de Barros e as pintoras Sarah Affonso, Inês Guerreiro e Tarsila  foram suas amigas próximas. Relacionou-se também com Virgínia de Castro e Almeida.

Correspondeu-se com inúmeras figuras culturalmente relevantes suas contemporâneas.

Privou com Miguel Unamuno, Colette, Gabriela Mistral, Cecília Meireles, Almada Negreiros, Oswaldo de Andrade. Sobre esses tempos escreveu: " Foi uma época muito viva, muito entusiástica. Ninguém pensava em dinheiro, havia então essa superioridade de espírito, os valores dominantes eram os da honradez, os de não nos aproveitarmos da coisa pública".

Vitorino Nemésio, Natália Correia, José Carlos Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira, Hernâni Cidade, Luís de Oliveira Guimarães, entre outros, fizeram parte do seu núcleo de amigos.

Colaborou com alguns dos nomes mais importantes da literatura infantil das décadas de vinte e trinta, como Emília de Sousa Costa ou Teresa Leitão de Barros, com quem editou Varinha de condão, obra que contou com ilustrações de Elsa Althause, Cottineli Telmo, Rocha Vieira, Raquel e Maria Roque Gameiro, Stuart Carvalhais e Martins Barata.

Com o marido, António Ferro, participou na organização de eventos culturais e artísticos do Estado Novo, como as Exposições Internacionais de Paris e Nova Iorque e São Francisco, respectivamente em 1937 e 1939, e na Exposição do Mundo Português de 1940.

Foi, com António Ferro, uma das personalidades ligadas à fundação da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, a atual Sociedade Portuguesa de Autores.

Fundadora da Associação Nacional de Parques Infantis. Impulsionadora da criação da Colmeia, escola de artes e ofícios para crianças com mais de dez anos, e do projecto de ensino artístico Pássaro Azul, onde crianças aprendiam música, bailado, teatro ou desenho, com professores como Eunice Muñoz, Carmen Dolores, Sarah Affonso, Ana Máscolo, Maria Germana Tânger ou Águeda Sena.

Fundou, em 1963, e dirigiu o Teatro de Câmara António Ferro, sito na sua  casa, onde se rodeou de jovens artistas, encenadores e poetas, como José Carlos Ary dos Santos, Vasco Wellenkam, Norberto Barroca ou João Perry e muitos outros. 

Foi presidente da Comissão de Literatura e Espectáculos para Menores, comissão de censura de livros, peças de teatro e filmes para crianças e jovens do Estado Novo.

Organizou, nos finais da década de sessenta o I e II Festivais do Algarve, evento de divulgação das potencialidades turisticas da região. Chamou para colaborarem no evento jovens criadores como António Manuel Couto Viana, Isabel Ruth, Ary dos Santos, Manuela de Freitas, João Perry, Lídia Franco ou João d`Avilez. Amália Rodrigues esteve presente na primeira edição do Festival.

Co-proprietária com Mariana Avilez de um "Hotel de Charme" em Cascais, Solar D. Carlos, onde teve hóspedes como Marguerite Youcenar e Grace Frick. 

Archer, M. (1943). Os parques infantis. Lisboa.

 

Castro, A. A. M. (2021). Fernanda e Florbela: Curiosos encontros e desencontros na vida, na literatura e nos jornais. Letras em Revista, 11(2).

 

Botelho, F. (1990). A festa da memória [crítica a Cartas pra além do tempo de Fernanda de Castro]. Revista Colóquio/Letras, (115/116), p. 171.

 

Botelho, F. (1991). Recensão crítica a 70 anos de poesia, de Fernanda de Castro; Urgente, de Fernanda de Castro. Revista Colóquio/Letras, (120)p. 198.

 

Fernanda de Castro: 70 anos de vida literária (1989, jul). Revista Colóquio/Letras. (110/111), p. 177.

 

Ferro, M.¹ (2020, 2º sem). Fernanda de Castro: 120 anos: Colectânea de testemunhos e textos sobre Fernanda de Castro. Nova Águia. Revista de Cultura para o Século XXI, (26).

 

Ferro, M. & Ferro, R. (1999). Retrato de uma família – fotobiografia de António Quadros, Fernanda de Castro e António Ferro. Lisboa: Círculo de Leitores.

 

Jordão, M. F. (2018). Ascendência e descendência de Fernanda de Castro. Lisboa: Edição da Autora. 

 

Gomes, A. (1979). A literatura para a infância. Lisboa: Torres & Abreu Editores.

 

Lemos, E. (1987, jul-ago). Memória livre [crítica a Ao fim da Memória - Memórias (1906-1939), de Fernanda de Castro. Revista Colóquio/Letras, (98), 89-92.

 

Machado, A. M. S. (2021). Fantasias e  didatismos na obra infantil de Fernanda de Castro: Entre a monologia e a dissidência. Revista de Letras, (23)40.

 

Marinho, H. (2018). Das palavras e da música: Intersecções na obra de Fernanda de Castro. Revista Escrita, (24).

 

Morão, P. (2012, set). Ao fim da memória/Memórias de Fernanda de Castro. Revista Colóquio/Letras, (181)102-116.

 

Oliveira, S. (1992). Fernanda de Castro e os parques infantis. Cadernos de Educação de Infância, (24), 4-7.

 

Pitta, E. (2021, junho 27). Fernanda de Castro. Um poema por semana. Da Literatura. https://daliteratura.blogspot.com/2021/06/fernanda-de-castro.html

 

Retrato: Fernanda de Castro, poetisa (1921). Revista Ilustração Portugueza [2ª série], (32), p. 325.

 

Simões, J. G. (1976) Perpectiva histórica da poesia portuguesa (séc. XX) (p. 208). Lisboa: Brasília Editora. 

 

Vasques, E. (2001). Mulheres que escreveram teatro no século XX em Portugal (pp. 89, 92, 94, 101, 106, 125, 129). Lisboa: Edições Colibri.

 

¹ Mafalda Ferro reuniu e organizou testemunhos e textos sobre Fernanda de Castro para esta publicação.

Cruz, D. I. (2001). História do teatro português (pp- 274-275). Lisboa: Verbo.

 

Gomes, J. A. (1997). Para uma História da literatura portuguesa para a infância e a juventude. Lisboa: Instituto Português do Livro e das Bibliotecas .

 

Rocha, N. (1984). Breve história da literatura para crianças em Portugal (1ª ed.) (vol. 97). Lisboa: Instituto da Cultura e Língua Portuguesa/ Ministério da Educação.

 

Saraiva, A. J. & Lopes, O. (2000). História da literatura portuguesa, (17ª ed.) (pp. 1028, 1118). Porto: Porto Editora

 

Simões, J. G. (1959). História da poesia portuguesa do século XX. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade.

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Flores, C., Duarte, C. L. & Moreira, Z. C. (2009). Dicionário de Escritoras Portuguesas (pp. 102-103). Florianópolis: Editora Mulheres.

 

Machado, A. M. (Org., Dir.) (1996). Dicionário de literatura portuguesa (p. 122). Lisboa: Editorial Presença.

 

Moisés, C. F. (1973). Castro e Quadros Ferro, Maria Fernanda Teles de. In M. Moisés (Dir., Org.), Literatura portuguesa moderna: Guia biográfico, crítico e bibliográfico (pp. 42-43). São Paulo: Cultrix.

 

Nóvoa, A. (Dir.) (2003). Dicionário de educadores portugueses (pp. 322-323). Lisboa: Edições ASA.

 

Ramos do Ó, J. (1996). Ferro, Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros. In F. Rosas, J. M. B. Brito (Dirs.) & M. F. Rolo (Ed.), Dicionário de História do Estado Novo (vol.1). Lisboa: Bertrand.

Câmara Municipal de Lisboa - Comissão Municipal de Toponímia (2000). Fernanda de Castro. Lisboa.

Ferro, A. (1934). Salazar: Portugal et son chef [notas de Paul Valery] (F. Castro, Trad.). Paris: Bernard Grasset.

 

Laforet, C. (n.d.). A ilha e os demónios. (F. Castro, Trad.).

 

Larbaud, V. (1936). Divertimento filológico (F. Castro, Trad.).

 

Mansfield, K. (1944). Diário. (F. Castro, Trad.). Porto: Livraria Tavares Martins.

 

Rilker, R. M. (1963). Cartas a um jovem poeta. (F. Castro, Trad.). Lisboa: Portugália Editora.

 

Salazar, A. O. (1937). Une revolution dans la paix [introd. Maurice Maeterlinch]. (F. Castro, Trad.). Paris: Ernest Flammari.

 

Traduziu ainda Electra, de Sofocles (peça inédita) e Knock ou o triunfo da medicina, de Jules Romains (esta última representada pelo Teatro Novo, no Tivoli, em 1925). Traduziu peças de teatro (representadas no Teatro Nacional D. Maria II), tais como A fuga, de Henri Duveruois (1931), A volúpia da honra, de Luigi Pirandello (1968), O novo inquilino (1967) e O rei está a morrer (1973), de Eugéne Ionesco. (Fonte: Projeto TETRA da Universidade de Lisboa). Traduziu também O padre de Setúbal (1941),  de Maurice Materlinck, peça representada, nesse mesmo ano, no Teatro Nacional D. Maria II, pela Companhia  Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro.

Em 1921, começou a sua colaboração com o jornal Diário de Lisboa, onde publicou crónicas.

 

Fundou, em 1953, a revista Bem Viver, que dirigiu durante os dois anos da sua publicação.

 

Fernanda de Castro publicou no jornal Diário de Notícias, entre 1927 e 1931, um grande número de peças em um ato. 

 

Sobre a obra poética da autora escreveu João Gaspar Simões, em Perspectiva histórica da poesia portuguesa: "Das poetisas do ciclo é esta a de molde mais «moderno», digamos, já que se dá francamente à influência de Cesário Verde. Em Danças de Roda (1921), Cidade em Flor (1924), Jardim (1925), Daquem e Dalem Alma, vemo-la associar temas sentimentais aos do pitoresco folclórico , cultivando visões naturalistas da paisagem lisboeta e ferindo notas de propensão introspectiva. É fresca e vibrante, um pouco fanfarrista. A alegria de viver dá aos seus versos mais alacridade que alma propriamente dita".   

 

Eduardo Pitta, na introdução ao volume Poesia I (1919-1955) das Obras Completas da autora, escreveu sobre a obra de Fernanda de Castro: "Nenhuma literatura sobrevive ao arrepio da tradição, nem se pode dar ao luxo de exonerar autores que marcaram época, mesmo quando, e sobretudo quando, tal época seja o exacto avesso daquela em que vivemos. Porque se é verdade que a poesia não se faz de com bons sentimentos, também é verdade que a literatura dispensa juízos morais." Definindo-a como uma "Incansável contadora de histórias e fábulas, testemunha previligiada do seu tempo 'sebastianista por nascimento e vocação', espírito superior, porém desprendido".

 

Elementos Biográficos
Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro
8 de dezembro de 1900
Campo de Ourique, Lisboa
19 de dezembro de 1994
Lisboa

Cônjuge: António Ferro, cronista, ensaísta, ficcionista, poeta, jornalista, político/ideólogo do Salazarismo. Ligado ao projecto da revista Orpheu, de que foi director do primeiro número. Em 1933, aceita o convite de  Salazar para dirigir o Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), mais tarde redenominado Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI).

Em 2014, A Câmara Municipal de Lisboa deu o seu nome a um jardim e parque infantil, situado na Encosta do Restelo.

Filhos: António Gabriel de  Castro e Quadros Ferro (António Quadros), filósofo, escritor, professor, fundador do IADE. 

          Fernando Manuel de Castro e  Quadros Ferro, professor, editor e tradutor.

Netos: António Roquette Ferro

          Mafalda Ferro, presidente da Fundação António Quadros - Cultura e Pensamento

          Rita Ferro, escritora

          Vicente Ferro

          Stephanie Ferro

Dados de Inventário

Identificação dos inventariantes

Ana Mota com a colaboração de Raquel Sabino
Raquel Sabino

Investigadora Responsável: Teresa de Sousa Almeida (https://orcid.org/0000-0001-6758-1565)

O projeto Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração visa integrar no património literário a escrita realizada por mulheres, promovendo o conhecimento, a desocultação e a difusão de escritoras que publicaram entre 1926 e 1974, assim como das suas obras, uma vez que, mesmo no que diz respeito ao século XX, o cânone da literatura portuguesa é essencialmente masculino.

Como citar: Almeida, Teresa de Sousa (Coord.). [2019]. Projeto "Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração".

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O IELT é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito dos projetos UIDB/00657/2020 com o identificador DOI https://doi.org/10.54499/UIDB/00657/2020 e UIDP/00657/2020 com o identificador DOI https://doi.org/10.54499/UIDP/00657/2020.